Foi marcada para 27 de outubro a audiência para ouvir as testemunhas de defesa de Marcos André Vilalba de Carvalho, 21 anos, réu confesso do assassinato de Carla Santana Magalhães, morta aos 25 anos, na madrugada de 30 de junho para 1º de julho deste ano, depois de ser atacada e raptada na porta de casa, no Bairro Tiradentes.
Por Marta Ferreira – CAMPO GRANDE NEWS
Vizinho de Carla, a quem só conhecia de vista, Marcos André é acusado de homicídio com quatro qualificadoras, entre elas feminicídio.
Na próxima audiência, também está previsto o depoimento de investigadora da Polícia Civil que trabalhou no caso, ainda pela acusação.
Pela defesa, a advogada Michelli Francisco apresentou 10 testemunhas a favor de Marcos, nenhuma delas com grau de parentesco. Nenhum familiar procurou por ele até hoje ou foi localizado pela defensora. Ela também não apresentou incidente de insanidade mental, como chegou a ser cogitado.
Na manifestação prévia em nome de Marcos André, disse apenas que o réu tem sido colaborativo e elencou as pessoas para serem ouvidas em defesa dele.
Entre elas o ex-patrão de Marcos, que o trouxe de Bela Vista, a 322 quilômetros de Campo Grande, para trabalhar em Campo Grande, e ainda cunhado de Carla, que encontrou o corpo dela na manhã de 3 de julho. Eles já foram ouvidos no dia 8 de setembro, pois estavam na relação do promotor do caso, Douglas Oldegardo dos Santos.
Nessa data, foram ouvidas as testemunhas de acusação contra Marcos André. Todas reforçaram a versão já confessada pelo réu para o assassinato.
Como foi – Conforme a investigação, Marcos André raptou Carla na rua onde ambos moravam, levou a jovem desmaiada para a casa dele, do lado de onde ela vivia com a família, cometeu o assassinato por esgorjamento – corte profundo a faca no pescoço -, violou o cadáver, no banheiro do imóvel, e abandonou o corpo nu num bar na mesma esquina, no dia 3 de julho.
Depois dessa etapa de ouvir a defesa, o juiz vai marcar o interrogatório do réu. Depois disso, abre prazo para as alegações finais do promotor e da advogada, e aí decide se o réu vai a júri popular.