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Mato Grosso do Sul registra mais de 70 mil casos e 42 mortes por dengue no ano

Transmitida por mosquitos do gênero Aedes, a dengue é uma doença viral grave que pode provocar a morte se não tratada adequadamente. Todo ano há inúmeras campanhas das secretarias de saúde alertando sobre a prevenção à doença, mesmo como, cuidados básicos para o não proliferamento do mosquito. Nos primeiros 10 meses do ano, em Mato Grosso do Sul, foram registrados mais de 70,5 mil notificações e 42 mortes. As vítimas tinham idade entre 9 a 92 anos. Ao todo, 55,7% das vítimas são mulheres e 44,3% homens.

Correio do Estado

Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, no momento em que se faz necessário o isolamento social em razão da pandemia do coronavírus, é propício para que a população faça o devido combate ao mosquito da dengue, aumentando os cuidados com a limpeza das casas e terrenos. “Aproveite o isolamento social para verificar nas residências se existe o criadouro do mosquito da dengue. Nós somos o segundo Estado no ranking nacional desta doença que tem ceifado muitas vidas”, pontuou.

Segundo a diretora-geral de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, os números são alarmantes diante da alta incidência em todos os municípios do Estado. “Infelizmente, muitas pessoas não estão colaborando, existem muitos criadouros nas residências que precisam ser eliminados pelos próprios moradores, considerando que 80% dos criadouros se concentram nas residências”.

Dados do Boletim Epidemiológico de Dengue apontam que os cinco municípios com maior incidência de casos são: Douradina, São Gabriel do Oeste, Anaurilândia e Ponta Porã.

Dos 75 mil casos confirmados, 73% dos casos encerrados foram diagnosticados de forma clínica, levando em conta os sintomas e o histórico epidemiológico daquele paciente e 27% laboratorial via Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), por meio de exame RT-PCR em tempo real, detecção de anticorpo IgM e detecção de antígeno NS1.

Das doenças transmitidas pelo vetor Aedes aegypti, a SES registrou neste ano 195 casos de Chikungunya e 71 Zika, ambas sem nenhuma morte, em Mato Grosso do Sul.

Das Ações de Combate ao Aedes aegypti

O Governo do Estado, por meio da SES, tem realizado o contato constante com os municípios para dar suporte técnico no enfrentamento ao combate ao Aedes aegypti. Conforme o Coordenador Estadual de Controle de Vetores da SES, Rafael Rodrigues Silva, diversas reuniões foram realizadas com os municípios.“Fizemos reuniões por meio de videoconferência com os 79 municípios para uniformizar as ações de combate ao Aedes aegypti e traçamos novas estratégias para novo período epidêmico que se aproxima”, destaca o coordenador.

Para tal, foi pactuado para que os municípios façam um Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) em novembro. “O Ministério da Saúde havia suspendido o LIRAa devido a pandemia do coronavírus, mas em contato com os municípios, pactuamos a realização deste LIRAa nas duas primeiras semanas de novembro. Para isso, disponibilizando todos os insumos e inseticidas que os municípios precisam para realizar as ações de campo”, explica Silva.

Novas bombas para borrifação, tanto costal como fumacê, utilizadas pelos municípios, foram adquiridas pela SES. “A bomba costal vamos enviar pelo menos um equipamento para todos os 79 municípios. Vão receber esses equipamentos para intensificar as ações de combate quando forem necessárias”, pontua o coordenador.

Medidas Importantes

A principal ação que a população tem que fazer é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa acumular, em qualquer época do ano. Hoje o mosquito tornou-se um dos maiores inimigos da saúde pública por transmitir também o vírus além da Dengue, o Zika e a Febre do Chikungunya.

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti são:

Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;

Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;

Manter caixas d’água bem fechadas;

Remover galhos e folhas de calhas;

Não deixar água acumulada sobre a laje;

Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;

Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;

Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;

Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;

Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;

Acondicionar pneus em locais cobertos;

Fazer sempre manutenção de piscinas;

Tampar ralos;

Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;

Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;

Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;

Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;

Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;

Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

A ocorrência de casos na comunidade deve ser comunicada imediatamente para as autoridades de saúde pública a fim de permitir a implementação de medidas de controle.