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Finados: parentes visitam cemitérios e começam limpeza de túmulos

Faltando pouco mais de uma semana para o dia dos finados, os campo-grandenses já começaram a visitar os cemitérios para cuidar da limpeza dos jazigos.

e  – Midia Max

A reportagem do Jornal Midiamax foi até o cemitério Santo Amaro e constatou que equipes da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) já estão no local realizando a manutenção para receber o público no dia 2 de novembro. Conforme o zelador do cemitério, o trabalho está quase concluído.

Todos os anos, Alan Kardec realiza a limpeza e a pintura dos túmulos de sua filha e mãe (Foto: Henrique Arakaki)

Passeando pelo local encontramos por lá o aposentado Alan Kardec da Silva, de 73 anos. Todos os anos, Kardec comparece ao cemitério para realizar a limpeza do túmulo da filha, que morreu aos 3 meses, em 1980. Se estivesse viva, ela teria cerca de 40 anos.

O aposentado conta que, além de limpar o túmulo da filha, comparece ao cemitério todos os anos, às vésperas do dia dos finados, para realizar a pintura do túmulo da mãe dele. “Antecipei minha vinda neste ano, pois no dia 1° estarei em outro cemitério, no Santo Antônio, para limpar o túmulo do meu pai e de outros familiares”, conta.

Contraste

O zelo e a atenção do aposentado em relação ao cuidado com os túmulos dos parentes contrastam com a atitude de muitos campo-grandenses que têm jazigos nos cemitérios municipais. Em muitos casos, os jazigos estão abandonados e não recebem nenhum tipo de manutenção.

Conforme constatou a reportagem, em fevereiro deste ano, o estado de má conservação de túmulos e sepulturas no cemitério do Cruzeirochegou a tal ponto que, de tão destruídos, e por não receberem nenhum tipo de manutenção por parte das famílias, os jazigos chegaram a expor os caixões e até restos mortais.

Destruídas, sepulturas expõem desde caixões a restos mortais no Cruzeiro (Foto: Guilherme Cavalcante).

O problema persiste nos três cemitérios municipais e de acordo com números obtidos naquele mês, os 23 trabalhadores responsáveis pela manutenção, administração, sepultamento e limpeza dos cerca de 87 mil jazigos que estão sob responsabilidade da Prefeitura, fazem malabarismos nas três unidades.

Segundo os trabalhadores, seria mais bem mais fácil se as famílias colaborassem. “Infelizmente muitas famílias sepultam os falecidos e nunca mais retornam. Com isso, as lápides vão se deteriorando e acontece isso. Alguém aqui pisou e a tampa afundou”, explicou o administrador do cemitério.