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Caminhão carregado com 2 mil frangos vivos é incendiado no 4º dia de ataques

Um grupo de criminosos incendiou um caminhão carregado com galinhas vivas na madrugada deste sábado (5) na cidade de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. A proprietária do veículo informou que cerca de dois mil frangos morreram queimados. Segundo a polícia, o crime faz parte de uma série de ataques criminosos que atinge o ceará desde a noite de quarta-feira (2) e atingiu ônibus e prédios públicos, como prefeituras, delegacia e fóruns do estado.

G1

O número de ataques criminosos chegou a 87, desde o início da onda de violência até este sábado. Ao todo, 86 pessoas foram presas , conforme a Secretaria da Segurança Pública do Ceará. Agentes da Força Nacional chegaram ao estado para reforçar a segurança após a onda de violência.

Durante o ataque ao caminhão de frangos, os criminosos ordenaram que o motorista e o ajudante deixassem o veículo. Os bandidos jogaram combustível e queimaram o veículo e toda a carga.

A proprietária do caminhão, Rosângela Freitas, disse que os frangos estavam em 300 caixas. A carga seria entregue em um estabelecimento para comercialização. Rosângela informou que ainda está contabilizando o prejuízo.

A polícia e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas já encontraram o caminhão totalmente em chamas. Os suspeitos fugiram.

ONDA DE VIOLÊNCIA

Criminosos queimaram ônibus e atacaram prédios públicos no Ceará desde a noite de quarta-feira. Uma bomba foi explodida na coluna de um viaduto na BR-020, em Caucaia, mas o equipamento passou por obras e não corre o risco de desabar. Dois idosos e um motorista de ônibus ficaram feridos em um dos ataques. Os crimes ocorreram em 24 cidades.

A Secretaria da Segurança e Defesa Social do Ceará ainda não se pronunciou sobre o motivo dos ataques no estado.

O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, Cláudio Justa, afirma que os atentados são represália à fala do secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, sobre maior rigor na fiscalização dos presídios. O secretário afirmou também que “o Estado não deve reconhecer facção” em presídios.

Atualmente, os membros de facção presos no Ceará são organizados nas unidades prisionais conforme o grupo criminoso a que pertencem. O secretário afirmou que pretende acabar com essa divisão.

De acordo com uma fonte do Serviço de Inteligência da Secretaria da Segurança ouvida pelo G1, membros de duas facções rivais fizeram um “pacto de união”, com o objetivo de “concentrar as forças contra o Estado”.