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Acorrentado pela mãe, rapaz foge de unidade de saúde e família faz buscas

O rapaz de 23 anos que foi acorrentado pela mãe, no bairro Danúbio Azul, em Campo Grande, acabou fugindo da unidade de saúde do Nova Bahia, na noite desta quinta-feira (23) depois de ser levado da residência por equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

e  – Midia Max

A mãe do rapaz, a dona de casa Maria Célia, 49 anos, disse ao Jornal Midiamax nesta sexta-feira (24), que depois de que levaram o filho dela havia sido informado que estavam aguardando uma vaga para encaminhá-lo para um Caps (Centro de Atenção Psicossocial), e que enquanto a vaga não surgia ele ficaria internado na unidade de saúde.

Mas, segundo a dona de casa por volta das 19h30 ela recebeu uma ligação avisando que ele havia fugido da unidade, “Saímos a procura dele, mas por causa do toque de recolher tivemos de voltar para casa”, disse Maria que falou da preocupação do rapaz estar perambulando pelas ruas.

“Tenho medo de que ele se envolva em alguma briga e a polícia bata nele”, falou a dona de casa, que pede ajuda na tentativa de encontrar o filho para que ele possa ser internado e fazer o tratamento contra as drogas. Há 15 dias, a família vive o calvário de não saber o que fazer com a situação do rapaz, que teve de ser acorrentado pela mãe.

“Me sinto horrível como mãe. Passei nove meses com ele na barriga e não posso abandonar, mas não estou aguentando mais”, disse ela nesta quinta (23) a reportagem quando o carecer privado foi denunciado a Polícia Militar.

A mulher vive um dilema com dificuldades financeiras, agressões do filho e ainda os cuidados diários, pois ele toma remédios controlados. “Ele é esquizofrênico, diagnosticado desde os 8 anos de idade, aí junta uma coisa com a outra e dá crise”, revelou a dona de casa.

O vício do filho na cocaína, que começou aos 17 anos, não deu outra saída para a dona de casa, que há 15 dias teve que acorrentar o rapaz na cama. “Acorrentei ele por causa da droga, se eu deixar ele solto vai atrás”, lamentou Maria. “Ele fica agressivo, disse que ia matar a família, me agrediu várias vezes, o pai dele também”, lembra.