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Bloqueio em Porto Murtinho continua e preocupa cônsul e ministério paraguaio

De maneira pacífica, os trabalhadores de Porto Murtinho seguem realizando o bloqueio no Rio Paraguai nesta terça-feira (19). Sem previsão para terminar, os manifestantes esperam que termos da cota zero sejam discutidas e que proibição na quantidade de peixes levados por pescadores amadores seja de forma gradual.

 – Midia Max

As autoridades paraguaias também estão preocupadas com o bloqueio no Rio Paraguai. Nesta segunda-feira (18), o consulado geral do Paraguai em Campo Grande teria conversado com o secretário adjunto da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna e, encaminhou comunicado interno para o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai.

No documento, o cônsul cita que conversou com Senna e ficou acertado com o texto final do decreto estaria pronto para ser assinado nesta quarta-feira (19). “Momento em que se espera que a situação mude, terminando o bloqueio”, diz o cônsul. O Jornal Midiamax não conseguiu contato com a Semagro para verificar as informações.

“Estão todos dispostos a dar a vida. Estão todos pacíficos, mas estão desesperados. Sabem que se desistir agora, vão acabar com última chance de lutar pela vida digna”, disse empresário de Porto Murtinho ao Midiamax.

No dia 30 de janeiro, um grupo de empresários e pescadores se reuniram com o o secretario Jaime Verruck, da Semagro, para discutir questões sobre a cota zero, projeto que proibirá a pesca amadora nos rios do Estado. Com o decreto os peixes pescados deverão ser todos devolvidos ao rio e não poderá mais ser levados pelos pescadores amadores.

Confronto

Depois da Polícia Federal desmanchar o bloqueio no último domingo (17) após liminar da Justiça conquistada por uma embarcação boliviana, os pescadores voltaram a fechar o rio na segunda-feira (18). Na ação, um morador foi atingido por disparo e um chegou a ser preso. A reportagem tem tentando contato com a Polícia Civil de Porto Murtinho para apurar se rapaz foi solto, mas não obteve sucesso em falar com o delegado.

Audiência

A polêmica do decreto motivou uma audiência pública que será discutida nesta quarta-feira (20) na OAB-MS. Foram convidados para discutir o impacto do decreto os órgãos do meio ambiente do Estado, o Governo do Estado, associações de pescadores, empresários de turismo, pesquisadores e juristas.

De acordo com o presidente da comissão, Arlindo Muniz, é preciso maior debate sobre o assunto, pois, as entidades e associações precisam ser ouvidas. A Ordem ainda destaca que, as manifestações somente estão acontecendo porque os pescadores temem os prejuízos que o decreto possa causar.

O evento será às 18 horas no auditório da OAB/MS, que fica na Avenida Mato Grosso, 4700, Bloco A.